Salvador é uma das cidades com maior densidade populacional do planeta. Com cerca de 9 mil pessoas por km², supera todas as capitais brasileiras. Segundo o Coordenador de Disseminação de Informações do IBGE na Bahia, Jolison Souza, as dimensões geográficas do município nunca permitirão que a população ultrapasse a marca dos 3,5 milhões de habitantes.
Estudos recentes (set/2014) da Agência Bloomberg, entretanto, indicam que Salvador seja a segunda cidade do planeta em densidade demográfica daqui a 10 anos, aproximadamente, perdendo apenas para Hong Kong, na China. Atualmente, Salvador é a terceira cidade mais populosa do Brasil. Sua população de 2.902.927 pessoas está atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. A projeção estima que quatro cidades brasileiras integrarão o ranking das dez cidades com maior densidade demográfica do mundo em uma década: Salvador (2º), São Paulo (4º), Brasília (7º) e Rio de Janeiro (9º).
A ocupação tem sido o maior problema enfrentado pela capital da Bahia. A histórica pressão imobiliária, registrada desde o século XVII, e que se tornou mais expressiva nos últimos 50 anos levou as camadas mais carentes a ocuparem as encostas do território. Para o coordenador do IBGE, políticas de requalificação urbana que compreendam estratégias de realocação de pessoas para áreas mais seguras são fundamentais. Outra alternativa é a oferta de infraestrutura e saneamento básico que envolvam a recepção da água pluvial para neutralizar a ação das chuvas sobre as encostas.
Outro dado relevante: a Bahia é o estado mais rural do país. Em termos absolutos, 27% da população está alocada no meio rural. Na década de 70, este índice era de 50%. Os dados do Censo de 2010 revelaram que 15% de toda a população rural do país está na Bahia, ou seja, mais de 4 milhões de habitante, na época.
A estimativa é que Salvador alcance crescimento estável ou negativo até o final da década. Próxima dos 3 milhões de habitantes, mesmo com expansão vertical, um fator que contribuirá para que a estimativa se concretize é a redução da taxa de fecundidade, que em 2010 segundo o Censo de 2010 era de 1,89 filhos na Bahia e inferior a 1,5 filhos em Salvador.
