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Lina Bo Bardi completaria 100 anos em dezembro deste ano

“No fundo, vejo arquitetura como Serviço Público e como Poesia”

                                                                                           Lina Bo Bardi

Responsável por trazer importantes inovações estéticas para a arquitetura brasileira, como o desenho arrojado, a utilização de novos revestimentos e a exposição de fiações e conexões, a arquiteta modernista Lina Bo Bardi completaria 100 anos de vida no dia 5 de dezembro de 2015.

Nascida na Itália, em 1914, Achillina Bo, nome de batismo da arquiteta, formou-se na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Roma na década de 40, início de uma vida profissional intensa e próxima a diversas áreas da cultura. Além do trabalho de arquiteta, participou de projetos em teatro, cinema e artes plásticas. Um dos grandes destaques foi a sua atuação como design de móveis, sendo dela peças emblemáticas, como a poltrona Bowl. Atuou também como cenógrafa, curadora e organizadora de exposições, mantendo um olhar sensível à arte popular brasileira.

Lina naturalizou-se brasileira em 1951, uma maneira de oficializar a paixão que sentia pelo Brasil. “Quando a gente nasce, não escolhe nada, nasce por acaso. Eu não nasci aqui, escolhi esse lugar para viver. Por isso, o Brasil é meu país duas vezes, é minha ‘Pátria de Escolha’, e me sinto cidadã de todas as cidades”. Essa paixão se reflete na autoria de obras emblemáticas para a nossa história arquitetônica, como o MASP, Museu de Arte Moderna da Bahia, Casa de Cultura, no Recife, Sesc Pompéia e o Instituto Pietro Maria Bardi (Casa de Vidro), em São Paulo.

Em Salvador, dirigiu o Museu de Arte Moderna da Bahia; projetou a restauração do Solar do Unhão, conjunto arquitetônico do século XVI tombado pelo patrimônio histórico; realizou o projeto da Casa de Benin, no Pelourinho, e a recuperação da ladeira da Misericórdia, em conjunto com os arquitetos Marcelo Carvalho Ferraz e Marcelo Suzuki.

“Salvador tem a sorte e a honra de abrigar grandes obras projetadas por ela, que fazem parte da história e da cultura da nossa cidade; além de ter tido o privilégio de tê-la como moradora durante alguns anos”, afirma o presidente do Conselho de arquitetura e urbanismo da Bahia, Guivaldo D’Alexandria Baptista.

A arquiteta morreu em 20 de março de 1992, deixando em andamento os projetos para a nova sede da prefeitura de São Paulo e para o Centro de Convivência Vera Cruz, também em São Paulo.

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