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Coleção “Arquitetura Moderna na Bahia” será lançada no MAB, dia 19, às 19H

“A produção de alta qualidade da arquitetura moderna da Bahia, apesar de reconhecida internacionalmente, não está presente nos principais registros produzidos no eixo Rio-São Paulo sobre a arquitetura brasileira”. Essas palavras do professor baiano Nivaldo Andrade, doutor em Arquitetura e Urbanismo pela Ufba, definem a importância da elogiada e esperada ‘Coleção Arquitetura Moderna na Bahia (1947-1951)’ em cinco volumes que finalmente será lançada no próximo dia 19, às 19h, no Museu de Arte da Bahia. 

O autor fará uma pequena introdução ao tema antes do lançamento. A entrada é gratuita e o MAB (Av. Sete de Setembro, 2340, Corredor da Vitória) dispõe de amplo estacionamento e elevador para o público.

 

 

 

Baseada na tese de doutorado do professor Nivaldo defendida no Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Bahia (Ppgau/Ufba) em 2012, o projeto da ‘Coleção’ foi vencedor dos Editais de ‘Patrimônio Cultural – Arquitetura e Urbanismo’ da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA), via Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), com recursos do Fundo de Cultura. Os livros estão sendo lançados pela Editora da Ufba. Além de professor da Faculdade de Arquitetura da Ufba, Nivaldo Andrade é o atual Presidente Nacional do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) e Membro do Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

 

PRÊMIOS E VOLUMES

 

A tese vem recebendo menção honrosa em vários segmentos nacionais. Além de ganhar os Editais SecultBA/Ipac, a tese foi contemplada ainda com menções honrosas nos Prêmios da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) de Tese (Setor Arquitetura) e da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo (ANPARQ) que acontece a cada dois anos. Os volumes da ‘Coleção’ estão acondicionados em uma caixa e serão vendidos no lançamento. Cada volume é apresentado por um especialista, todos referências nacionais na área de arquitetura e urbanismo.

O Volume 1 tem prefácio do arquiteto e professor titular da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), Hugo Segawa. Os Volumes 2 e 3 são apresentados, respectivamente, pelos arquitetos Ana Maria Fernandes e Antônio Heliodorio Sampaio, ambos, professores titulares da Ufba e professores permanentes do Ppgau/Ufba. O Volume 4 é apresentado pelo arquiteto Luiz Amorim, professor titular da Universidade Federal de Pernambuco (Ufpe). E o Volume 5, por Anna Beatriz Ayroza Galvão, professora aposentada da Ufba e, atualmente, professora da Escola da Cidade (SP). A Apresentação da ‘Coleção’ é assinada pela professora Esterzilda Berenstein de Azevedo, da Universidade Federal da Bahia, que foi a orientadora da tese de doutorado que deu origem à publicação.

 

MEMÓRIA E RECONHECIMENTO

Os cinco volumes abordam passos da tese na busca por fatos que marcaram a arquitetura moderna na Bahia e no Brasil, consequentemente trazendo o resgate da memória e o reconhecimento da significativa produção baiana no segmento. O primeiro volume traz ‘O lugar da Bahia na história da arquitetura moderna brasileira’. O segundo, ‘O EPUCS e a autonomização do campo arquitetônico da Bahia’, em recorte do período da gestão governamental de Otávio Mangabeira. O terceiro, um lema e um exemplo revolucionário: ‘”Um teto para cada escola”: o Plano de edificações escolares de Anísio Teixeira’. O quarto, ‘Arquitetura, educação e arte: o Centro Educativo de Arte Teatral’ e, o quinto, ‘O transatlântico e o avião: arquitetura moderna e turismo na Bahia’.

“No âmbito brasileiro da Arquitetura Moderna que basicamente é escrita por pesquisadores do Rio de Janeiro de São Paulo, não existe quase nada sobre a Bahia. Parece que nada aconteceu e nada teve importância aqui. Então, a tese vem também para confrontar isso e contribuir para a memória e a história da arquitetura moderna no Brasil”, afirma o professor Nivaldo Andrade.

Segundo ele, esse esforço tem dado repercussões. Um dos exemplos foi a inclusão de projetos modernistas baianos como a ‘Escola Parque’ e o ‘Teatro Castro Alves’ – ambos em Salvador – na exposição na Casa da Arquitetura de Matosinhos (Portugal) que mostrou a arquitetura dos últimos 80 anos do Brasil. “Eles me ligaram solicitando e foram incluídos esses dois grandes projetos, analisados na tese, além da sede da Chesf, do arquiteto Assis Reis”, relata Andrade. Outro exemplo tem sido as premiações e, por último, autores que estão passando a citar a pesquisa e tese de Nivaldo, honrando a história recente do estado e trazendo o devido reconhecimento para os arquitetos e a arquitetura baiana.

A produção da ‘Coleção Arquitetura Moderna na Bahia’ em cinco volumes foi da Editora da Ufba (Edufba), com projeto gráfico de Gabriela Nascimento, ilustrações das capas de André Lissonger, revisão de Cristóvão Mascarenhas, Tainá Amado e equipe da Edufba, normalização de Sandra Batista e equipe da Edufba, apoio na pesquisa em arquivos de Alberto Santana e Gualberto Conceição, redesenho de plantas de Roberta Esteves e equipe, com apoio no licenciamento de imagens de Gabriela Chetto.

 

 

 

Fonte: CAU/BR

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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